Localizada no sudoeste de Minas Gerais, a Serra da Canastra é um dos destinos mais completos do Brasil para quem curte trilhas, cachoeiras e experiências ao ar livre. A região é famosa por suas paisagens imponentes, rica biodiversidade e, claro, por ser o berço do rio São Francisco. Por ali estão seis municípios que compõem o entorno da serra: São Roque de Minas, Vargem Bonita, Delfinópolis, Sacramento, São João Batista do Glória e Capitólio.
Entre os atrativos mais procurados está a cachoeira Casca D’Anta, com seus impressionantes 186 metros de queda d’água — a primeira grande queda do “Velho Chico”.
O Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado em 3 de abril de 1972 com o objetivo de proteger a nascente do rio São Francisco. Ele é dividido em duas partes: a parte alta, com portarias em São Roque de Minas, São João Batista do Glória e Sacramento, e a parte baixa, com portaria em São José do Barreiro — ponto de acesso mais próximo à base da Casca D’Anta.
Nossa Experiência na Canastra
Aproveitamos o feriado de Carnaval para explorar algumas trilhas e cachoeiras do parque. Saímos de São Paulo no sábado, dia 6 de fevereiro, com destino a São José do Barreiro. Antes, paramos em Jaguariúna para reunir o restante da galera. Fomos em dois carros, com cinco pessoas em cada.
Durante o trajeto, enfrentamos algumas blitz da polícia rodoviária, mas nada que nos atrasasse muito. Chegamos em Capitólio por volta das 2h da madrugada, já com o tanque na reserva. Paramos no primeiro posto aberto — gasolina a R$4,00 o litro. Doeu, mas foi o que deu pra fazer.
Os frentistas nos informaram que ainda havia chão até São José do Barreiro. Como já era tarde, eles nos sugeriram pernoitar ali no posto, que era estruturado com banheiro e chuveiro quente. Não pensamos duas vezes: dormimos lá mesmo, no estilo raiz.
2º Dia – De Capitólio a Vargem Bonita
No domingo, seguimos para Vargem Bonita, onde fica a portaria da parte baixa do parque. No caminho, paramos em um mirante com vista para a Casca D’Anta — que vista! Era nosso primeiro objetivo do dia.
A entrada para a portaria do parque fica ao lado de um restaurante/camping. Por conta do feriado, o local estava cheio. Estacionamos por ali mesmo (estacionamento gratuito), caminhamos até a entrada do parque, pagamos R$ 7,50 (meia para brasileiros) e escolhemos subir até a parte alta da cachoeira por trilha.
A Trilha da Casca D’Anta (Parte Baixa até o Topo)
A trilha é bem sinalizada, autoguiada e considerada difícil, principalmente pela inclinação. Mas para quem está acostumado com trilhas de montanha, vai tirar de letra. O percurso é bem exposto ao sol — então não esqueça do protetor solar, boné e água.
Siga acompanhando o rio até uma bifurcação. Pegue a esquerda para subir até o topo da Casca D’Anta. Se seguir em frente, você vai direto para a base da cachoeira.
No topo, há outra portaria e uma das quedas do rio São Francisco. Tem um poço fundo ali, ótimo para banho, mas fique ligado na correnteza. Curtimos o visual por algumas horas e seguimos para o mirante da Casca D’Anta, que é de cair o queixo.
Descendo com Chuva (e Alegria)
Na volta, o tempo fechou e começou a chover. Nada que tirasse nosso ânimo. A chuva foi leve e conseguimos descer de boa até a parte baixa. Fomos direto para a base da Casca D’Anta, onde o impacto do vapor da água já molha tudo antes mesmo de chegar perto.
A queda impressiona não só pela altura, mas pela energia do lugar. Ela está incrustada numa parede de rocha de 340 metros de altura, sendo a 6ª maior cachoeira do Brasil.
Com o parque prestes a fechar, seguimos para São Roque de Minas, onde íamos acampar. Mas a chuva apertou e mudamos os planos: ficamos num camping ali mesmo, por R$ 25,00 a diária. Estava vazio e bem estruturado. Finalizamos o dia felizes: conhecemos a parte alta e a base da Casca D’Anta em um só dia!
Quem estava na trip:
Carlos Júnior, Thiago Henrique, Mariana Lima, Thiago Brito, Marcelo Sousa, Tati Trevisan, Bruna Carolina, Andreas, Monica Morais e Pamela Paganotti.
Se você está planejando uma aventura na Serra da Canastra, vale muito a pena incluir a Casca D’Anta no seu roteiro. O lugar é mágico, com natureza exuberante, trilhas desafiadoras e cachoeiras que recarregam a alma.
Cabô Cabô! E que venha a próxima trilha.
Dicas úteis para quem quer conhecer a Cachoeira Casca D’Anta
- Chegue cedo
Em feriados e fins de semana, o parque enche! Chegando cedo, você evita fila na portaria e consegue curtir com mais tranquilidade. - Leve dinheiro em espécie
Algumas portarias e estabelecimentos na região não aceitam cartão, e o sinal de celular é fraco em vários pontos. - Protetor solar e chapéu são obrigatórios
A trilha é bem exposta ao sol, especialmente na parte alta. Proteja-se bem e mantenha-se hidratado. - Confira o horário de funcionamento do parque
As portarias fecham cedo, então planeje bem o tempo de trilha + deslocamento pra não ficar do lado de fora na volta. - Cuidado com a correnteza — e não entre se o volume do rio estiver muito alto.
- Recomendado ir de carro, as demais trilhas do parque ficam muito longe uma das outras.
Informações gerais
Trilha: Cachoeira Casca ‘Anta
Formato: Hiking
Grau de dificuldade: Médio/Difícil
Tempo médio: 06 horas
Grau de declínio: Alto
Altitude máxima: 1.276 m
Percurso: 11 km (ida e volta)
Tracklog:
Localização: Parque Nacional Serra da Canastra na cidade de São Roque de Minas – MG
Ingressos:
Visitante estrangeiro R$20,00
Visitante brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil R$10,00
Visitante – Desconto entorno R$2,00
Visitante brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil, com idade de 60 anos ou mais, e crianças com 12 anos incompletos isento
Obs, Os pagamentos deve ser feito em dinheiro, o parque não aceita cartões!
Transporte
Ônibus:
Pegue um ônibus da empresa Expresso União, sentido a cidade de Piumhi, no Terminal Rodoviário Tietê. Chegando a Piumhi, pegue o transporte coletivo da empresa Transimão, até a cidade de São Roque de Minas.
Deslocamento até a Cachoeira
- A partir de São Roque de Minas ou Vargem Bonita, o transporte público até a cachoeira é escasso. Você pode considerar as seguintes opções:
- Táxis ou mototáxis locais: Disponíveis nas cidades-base, podem levá-lo até a entrada do parque.
- Agências de turismo locais: Oferecem passeios até a cachoeira e outras atrações da Serra da Canastra.
- Caronas: Em algumas ocasiões, é possível conseguir caronas com outros visitantes ou moradores locais.
Carro:
Partindo de São Paulo, são em torno de 530 km até a cidade de São José do Barreiro, tempo de viagem é de em média 7h00 de viagem.
Calcule os gastos de combustível e pedágios através do site Mapeia.
Estacionamento: Gratuito na entrada do parque
ATENÇÃO
Sempre planeje suas atividades com antecedência, estude a região, grau de dificuldade, distância e o clima. Use roupas e calçados adequados e leve somente o necessário para não carregar um peso exaustivo. Tenha sempre água e comida. Evite fazer trilha sozinho, e se você não tiver experiência, procure estar acompanhado de pessoas experientes ou guias credenciados. Sempre tenha um saco de lixo na mochila, traga com você todo lixo produzido e se possível, recolha outros que encontrar durante o percurso.
3 comentários
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